Bikepacking: A nova fronteira do cicloturismo

Um novo jeito de viajar leve, livre e longe

Levar a vida na garupa da bicicleta, mas com o mínimo possível. Dormir sob as estrelas, cozinhar o próprio alimento e acordar com o sol nascendo sobre uma estrada de terra desconhecida. O bikepacking é isso: liberdade sobre duas rodas, com autonomia, aventura e um toque de selvageria.

Se o cicloturismo tradicional já simbolizava um estilo de vida alternativo, o bikepacking empurra essa ideia ainda mais longe — ou melhor, para fora do asfalto.

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Minimalismo sobre rodas

Ao contrário das clássicas bicicletas turbinadas com alforjes laterais e bagagens volumosas, o bikepacking aposta na leveza. Bolsas estrategicamente posicionadas no quadro, no guidão e no canote do selim substituem os grandes baús, e o equipamento é reduzido ao essencial: um saco de dormir compacto, uma barraca leve, utensílios de camping, roupas técnicas e ferramentas básicas.

O objetivo? Tornar a bicicleta mais ágil e capaz de encarar todo tipo de terreno — de trilhas técnicas a caminhos de cascalho, de subidas íngremes a longas travessias por áreas remotas.

Muito além da estrada

Esse estilo de viagem combina perfeitamente com o crescimento das chamadas gravel bikes, bicicletas que unem a geometria de uma speed à resistência de uma mountain bike. Elas são ideais para os “no man’s lands” do Brasil — lugares onde a infraestrutura é escassa, mas as paisagens compensam qualquer esforço.

É também uma forma de explorar destinos fora dos roteiros óbvios, sem depender de hospedagem nem infraestrutura turística. No bikepacking, o ciclista carrega tudo o que precisa e, por isso, é livre para mudar de planos, de rumo ou de paisagem a qualquer momento.

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Por que o bikepacking está conquistando tantos adeptos?

A resposta está na convergência de três fatores:

  • Um mundo mais conectado que nos cansa com excesso de estímulos;
  • Uma geração que busca experiências autênticas e transformadoras;
  • E o avanço de equipamentos ultraleves e resistentes que viabilizam longas jornadas com bagagem enxuta.

Além disso, há o fator emocional: pedalar por lugares inóspitos, confiando apenas em si mesmo, fortalece não só as pernas, mas a mente.

O Brasil que poucos conhecem

Com sua diversidade de biomas e paisagens, o Brasil é um convite permanente ao bikepacking. Trilhas como a Estrada Real, o Circuito Vale Europeu (SC), as paisagens desérticas da Rota das Emoções (MA-PI-CE) e os caminhos interioranos do cerrado ou da caatinga já são explorados por ciclistas que adotaram o estilo.

A boa notícia é que essa comunidade está crescendo — e se conectando. Fóruns, redes sociais e aplicativos como Strava, Komoot e RideWithGPS ajudam a planejar rotas, compartilhar dicas e encontrar companhia para a jornada.

Não é só viagem. É filosofia.

Mais do que um jeito diferente de viajar, o bikepacking é um convite a desacelerar, simplificar e se reconectar com a natureza. Em tempos de pressa e excesso, há algo de profundamente transformador em carregar o mínimo e descobrir que o essencial cabe na bicicleta.

No fim das contas, não se trata de quantos quilômetros você percorreu ou de quantos lugares visitou. Trata-se do que você sentiu, viveu e descobriu ao pedalar por estradas onde o sinal de celular falha, mas a conexão com o mundo real se fortalece.


O QUE LEVAR NO BIKEPACKING?
✓ Bolsa de guidão: saco de dormir, roupas leves
✓ Bolsa de selim: barraca compacta ou rede com mosquiteiro
✓ Bolsa de quadro: ferramentas, câmera de ar, bomba
✓ Bolsa de tubo superior: celular, lanterna, carregador solar
✓ Itens extras: filtro de água, fogareiro leve, GPS ou mapa offline

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